sexta-feira, 1 de março de 2013

Favelas Brasileiras: 65% já é Classe Média

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English Sumary


Most “favela” dwellers now considered middle class – Feb 19 2013

Most of the Brazilian population that lives in the country's “favelas,” or slums, have now risen to the middle class, according to a new study by NGO Data Favela. The study says that 37% of people dwelling in those communities were considered middle class in 2002, but the rate rose to 65% by 2011. For all of Brazil, meanwhile, the rate of people considered middle income has rise to 52% from 38% in the same period. The survey was based in data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics. According to the same data, 12 million people live in slums in Brazil, with a joint income of R$56.1 billion a year, comparable to the GDP of Bolivia.
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São Paulo – Morar em favelas, pelo menos no Rio de Janeiro, pode não ser tão ruim quanto parece para quem está de fora. Amparados por melhorias nos indicadores socioeconômicos, 85% dos jovens das comunidades cariocas disseram ao Data Popular que gostam do lugar onde moram. E 70% disseram que continuariam a morar na comunidade mesmo se a renda dobrasse.

Os resultados fazem parte de um levantamento do DataFavela , união entre o Data Popular e Celso Athayde, ex- dirigente da Central Única de Favelas (Cufa). E mostra um retrato não só do Rio de Janeiro, mas de todas as comunidades do Brasil.   É um contingente formado por 12 milhões de pessoas, cuja renda soma 56,1 bilhões de reais por ano, com uma maioria de membros da classe média. 

O que melhorou

Embora o conceito de classe média gere polêmica, segundo o Data Favela, hoje 65% dos moradores estão nesta faixa de renda, contra 37% em 2002.  Há 10 anos, apenas 4 em cada 10 moradores tinham celular. Hoje são nove. Computadores, tidos apenas por 3% dos moradores, agora estão em 40% dos lares.
A média de anos de estudo subiu, no mesmo período: foi de quatro para seis anos.  Segundo a pesquisa, os jovens têm papel preponderante na atividade econômica e na organização social das favelas.   São eles, por exemplo, que orientam os pais na aquisição de serviços, como TV por assinatura, e decidem as marcas de alimentos e o consumo de eletrônicos.

Visão otimista

A pesquisa incluiu levantamento qualitativo apenas no Rio de Janeiro. E a visão dos jovens mostrou-se otimista: 51% deles acham que a comunidade melhorou nos últimos dois anos, e 63% acreditam que vai continuar melhorando.  Mesmo assim, o preconceito ainda persiste, na visão deste grupo, fazendo com que 49% deles prefira não dizer onde vive.  No Brasil, em números absolutos, São Paulo e Rio de Janeiro lideram entres os estados com mais pessoas morando em favelas.


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