sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

The brutal truth about America’s healthcare



An extraordinary report from Guy Adams in Los Angeles at the music arena that has been turned into a makeshift medical centre


They came in their thousands, queuing through the night to secure one of the coveted wristbands offering entry into a strange parallel universe where medical care is a free and basic right and not an expensive luxury. Some of these Americans had walked miles simply to have their blood pressure checked, some had slept in their cars in the hope of getting an eye-test or a mammogram, others had brought their children for immunisations that could end up saving their life.

In the week that Britain's National Health Service was held aloft by Republicans as an "evil and Orwellian" example of everything that is wrong with free healthcare, these extraordinary scenes in Inglewood, California yesterday provided a sobering reminder of exactly why President Barack Obama is trying to reform the US system.
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The LA Forum, the arena that once hosted sell-out Madonna concerts, has been transformed – for eight days only – into a vast field hospital. In America, the offer of free healthcare is so rare, that news of the magical medical kingdom spread rapidly and long lines of prospective patients snaked around the venue for the chance of getting everyday treatments that many British people take for granted.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A Verdadeira Revolução Social no Brasil

Por PAULO FRANCO

"O berço da desigualdade é a desigualdade do berço." (Sebastião Salgado)


As forças que movem as transformações sociais hoje no Brasil não são mais forças "centrífugas", de natreza elitista em que jovens de classe média e média alta, tomados por consciência social, assumem as dores dos marginalizados, dos injustiçados pelo sistema e vão para as ruas lutar contra o status-quo, clamando por uma nova ordem social.

A forças que movem o movimento social, as relações humanas entre pessoas e grupos sociais, que estão provocando verdadeiras mudanças estruturais na sociedade é uma força "centripeta", de fora para dentro, do marginalizado para o privilegiado.  Não são movimentos clamando por mudanças, são movimentos provocando mudanças, que aliás, continuem não sendo compreendidas pelas camadas sociais aparentemente e ilusoriamente,  proprietárias do curso da historia.
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É obvio que para que essas forças sociais se transformem em mudanças, rompendo barreiras, vencendo obstaculos seculares, houve a construção de um cenário, um ambiente que fosse propício a tudo isso, que foram as mudanças no fluxo de renda e nos acessos aos bens e serviços públicos, de lazer à educação promovida pelos governos a partir de 2003.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Márcio Santilli: Demarcações de Terras Indígenas

Daniela Chiaretti, do Valor Econômico


"Brasil tem de reconhecer a terra índigena, diz especialista" é o título da entrevista concedida pelo sócio fundador do ISA Márcio Santilli a repórter Daniela Chiaretti sobre o processo de demarcações de Terras Indígenas. O texto foi publicado no jornal Valor Econômico de hoje (21/2/2014)
Brasil tem de reconhecer a terra índigena, diz especialista

O filósofo Márcio Santilli, 58 anos, 30 deles trabalhando com a questão indígena, diz que o Brasil não suporta mais as pendências na demarcação das terras indígenas.

"Deixar de demarcar é represar o conflito e deixar que exploda com mais violência depois", diz. Ele critica a gestão Dilma Rousseff: "É um governo permeável à pressão ruralista, o que desequilibra a correlação de forças. Mais permeável do que foi o governo militar."

Sócio-fundador do Instituto Socioambiental (ISA), ONG reconhecida pelo trabalho com povos indígenas, ele rebate o dito ruralista de que no Brasil "há muita terra para pouco índio", com um raciocínio que termina em "no Brasil há muita terra para pouco fazendeiro".

Ex-presidente da Funai, Santilli, diz que o órgão sempre foi "a Geni da República" e que não há como fazer um trabalho com tanta demanda sem recursos, técnicos e mecanismos de indenização.

O indigenista explica por que o Congresso "dará um tiro no pé" se trouxer para si o processo de demarcação e critica a nova proposta do Ministério da Justiça. Embora veja o caso dos guaranis-kaiowas no Mato Grosso do Sul como o "exemplo mais gritante de omissão histórica do Estado", diz que há solução. Veja aqui trechos da entrevista que concedeu ao Valor:

Valor: Os ruralistas dizem que há "muita terra para pouco índio". Que são 890 mil e ocupam 13% do território nacional. O que acha disso?


Márcio Santilli: É importante entender o seguinte: 98,5% das terras indígenas ficam na Amazônia Legal brasileira, onde vive perto de 60% da população indígena. Os outros 40% estão confinados em 1,5% da extensão total das terras indígenas. Enquanto o processo de demarcação na Amazônia Legal avançou, no restante do país está historicamente atrasado. E é bem difícil fazer o reconhecimento das terras ali dada a densidade de ocupação do território. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a população indígena é expressiva, perto de 80 mil pessoas. Vivem em terras menores ao que o governo destina para assentamentos de reforma agrária. Simplesmente não têm condições de sobreviver.
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Valor: Na Amazônia, a extensão das terras indígenas é grande.


Santilli: Não é característica específica dos índios. Nesta região, as unidades de conservação têm uma maior extensão, assim como propriedades privadas, lotes de assentamento e até municípios. Tudo é gigante na Amazônia. Nos municípios, quase a totalidade da população rural é índio. Isso fez com que ocorresse o reconhecimento de terras indígenas em extensão significativa na região. Não há outras populações ocupando o território e não houve grande questionamento. Ainda há pendências na Amazônia, mas em grande medida as questões foram resolvidas.

A História do Ódio no Brasil


  • Em 30 anos, tivemos um crescimento de cerca de 502% na taxa de homicídios no Brasil.
  • Ocorrem mais estupros do que homicídios no Brasil
  • Existem mais mortes causadas pelo trânsito do Brasil do que por armas de fogo
  • 93% dos mortos por armas de fogo no Brasil são homens e 67% são jovens
  • morrem 133% mais negros do que brancos no Brasil, por armas de fogo.
  • Entre 2002 e 2010, o número de brancos mortos diminuiu 25%, enquanto que o número de negros mortos cresceu 35%, também, por armas de fogo.






“Achamos que somos um bando de gente pacífica cercados por pessoas violentas”. A frase que bem define o brasileiro e o ódio no qual estamos imersos é do historiador Leandro Karnal. A ideia de que nós, nossas famílias ou nossa cidade são um poço de civilidade em meio a um país bárbaro é comum no Brasil. O “mito do homem cordial”, costumeiramente mal interpretado, acabou virando o mito do “cidadão de bem amável e simpático”. Pena que isso seja uma mentira. “O homem cordial não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva”, explica o sociólogo Antônio Cândido. O brasileiro se obriga a ser simpático com os colegas de trabalho, a receber bem a visita indesejada e a oferecer o pedaço do chocolate para o estranho no ônibus. Depois fala mal de todos pelas costas, muito educadamente.

Século XIX, escravo sendo castigado
Olhemos o dicionário: cordial significa referente ou próprio do coração. Ou seja, significa ser mais sentimental e menos racional. Mas o ódio também é um sentimento, assim como o amor. (Aliás os neurocientistas têm descoberto que ambos sentimentos ativam as mesmas partes do cérebro.) Nós odiamos e amamos com a mesma facilidade. Dizemos que “gostaríamos de morar num país civilizado como a Alemanha ou os Estados Unidos, mas que aqui no Brasil não dá para ser sério.” Queremos resolver tudo num passe de mágica. Se o político é corrupto devemos tirar ele do poder à força, mas se vamos para rua e “fazemos balbúrdia” devemos ser espancados e se somos espancados indevidamente, o policial deve ser morto e assim seguimos nossa espiral de ódio e de comportamentos irracionais, pedindo que “cortem a cabeça dele, cortem a cabeça dele”, como a rainha louca de Alice no País das Maravilhas. Ninguém para 5 segundos para pensar no que fala ou no que comenta na internet. Grita-se muito alto e depois volta-se para a sala para comer o jantar. Pede-se para matar o menor infrator e depois gargalha-se com o humorístico da televisão.
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Não gostamos de refletir, não gostamos de lembrar em quem votamos na última eleição e não gostamos de procurar a saída que vai demorar mais tempo, mas será mais eficiente. Com escreveu Sérgio Buarque de Holanda, o criador do termo “homem cordial” : “No Brasil, pode dizer-se que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedica­dos a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente pró­prio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação im­pessoal” Ou seja, desde o começo do Brasil todo mundo tem pensando apenas no próprio umbigo e leva as coisas públicas como coisa familiar. Somos uma grande família, onde todos se amam. Ou não?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O incrível e o inacreditável


Por Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo


"Incrível" e "inacreditável" querem dizer a mesma coisa - e não querem.   "Incrível" é elogio. Você acha incrível o que é difícil de acreditar de tão bom.   Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando - a linha média do Execrável Futebol Clube.


Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive a bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.

Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase "ir de mal a pior".

Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana n.º 5 do Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.

Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e, mesmo assim, defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.
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Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.

Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.

Incrível é um solo do Yamandu.

Inacreditável é este verão.




Instituto IPSOS: Dilma tem 85% de chances de ser reeleita

Clifford Young, Diretor de Pesquisas da IPSOS, cujo slogan é "Ninguém é Imprevisível", aconselha, "se eu fosse candidado preferiria concorrer em 2018".



Que ela é favorita, ninguém duvida. Mas a empresa de pesquisa Ipsos, uma das maiores do mundo, já quantifica para seus poderosos clientes o quão favorita a vencer Dilma é: ela tem 85% das chances. Em visita ao Brasil, Clifford Young, diretor de pesquisas sobre o setor público da Ipsos, afirma que Dilma só perde a eleição se surgirem “curingas” — um apagão de grandes proporções, uma organização de Copa do Mundo inquestionavelmente ruim ou um escândalo de corrupção, por exemplo.

O trabalho da Ipsos é dizer o resultado das eleições antes de elas acontecerem. Não é à toa que seu slogan é “Ninguém é imprevisível”. Para fazer isso, o diretor da Ipsos elegeu a aprovação do governo como o indicador mais importante para prever reeleições ou vitória de governistas nas eleições de sucessão. O governo federal hoje tem aprovação de 56%, segundo dados do Ibope do fim de 2013. Isso está dentro da faixa que Clifford chama de desejo de continuidade. Ela vai de 55% de aprovação para cima.

De 39% para baixo, a indicação é de que a população quer mudanças. Nesse caso, as estatísticas da Ipsos mostram que em 250 eleições pelo mundo, o presidente ou seu candidato perde na esmagadora maioria das vezes. Entre 40% e 54% de aprovação, a situação é intermediária. Sugerir quem é o ganhador se torna altamente imprevisível — contrariando o slogan da Ipsos. “Nessa faixa de aprovação, o desempenho dos candidatos de oposição é muito mais determinante”, diz Clifford. Por isso mesmo, hoje Clifford imagina que mesmo que Aécio Neves ou Eduardo Campos acertem no tom e façam uma boa campanha, nenhum deles conseguirá derrotar Dilma.
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Já não se pode dizer o mesmo sobre 2018. “Se eu fosse candidato, iria preferir concorrer na próxima eleição”, diz ele. A explicação é a mudança na agenda dos eleitores, cada vez mais voltada para a qualidade dos serviços públicos do que para o assistencialismo. “Essa mudança na agenda tende a renovar a safra de políticos”. Clifford acha difícil que esse efeito já determine o resultado da eleição presidencial de 2014, mas certamente será um dos fatores mais importantes das eleições seguintes. De todo modo, nenhuma previsão é final. A Ipsos costuma cravar um resultado para seus clientes entre abril e maio, quando acham que a margem de segurança é maior. Até lá, se não surgir nenhum curinga, o leitor do blog já sabe o que eles vão dizer.

Fonte: Exame/Abril
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Clifford Young é PHD pela Universidade de Chicago com especialização em Pesquisas por Amostragem. Young é Diretor da IPSOS Public Affairs North América, sendo responsável por grandes clientes governamentais e não-governamentais.  Anteriormente viveu no Brasil por 10 anos, como Diretor da IPSOS Public Affairs Brasil.



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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Como “potências ocidentais” fabricam “movimentos de oposição”

Por ANDRE VLTCHEK



Egito, Ucrânia, fronteira sírio-turca, Cuba, Tailândia e até no Brasil



Tudo isso está acontecendo, em diferentes tonalidades e com diferentes graus de brutalidade, na Tailândia, China, Egito, Síria, Ucrânia, Venezuela, Bolívia, Brasil, Zimbábue e em vários outros pontos, em todo o mundo.

"Movimentos de oposição" estão depredando edifícios
públicos em Kiev e em outras cidades da Ucrânia
Pouco depois de ler o que escrevi sobre a Tailândia, publicado dia 30/1, um leitor brasileiro reagiu:

Parecido com nosso Brasil: embora em ambiente mais leve, de cores menos brutais, talvez, mas substancialmente, a mesma coisa (...) Elites locais, agora mesmo, em janeiro de 2014, estão fazendo de tudo para impedir a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (…) Você, experiente observador da América Latina, sabe disso muito bem.

O voto é obrigatório na Tailândia. Mesmo assim, só 45% dos eleitores votaram. TUDO que vocês lerem na imprensa ocidental sobre a Tailândia é merda.

Prédios públicos depredados, saqueados. Está acontecendo em Kiev e em Bangkok; e, nas duas cidades, os governos parecem desdentados, assustados demais para intervir.

O que está acontecendo? Governos eleitos pela maioria vão-se tornando irrelevantes em todo o mundo, enquanto o regime “ocidental” cria e em seguida apoia “movimentos de oposição” nos quais só se veem gangues armadas que ali estão para desestabilizar qualquer estado que resista ao desejo “ocidental” de controlar todo o planeta?
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As gangues armadas, agora, gritam para intimidar os que queiram votar a favor do governo moderadamente progressista que governa hoje a Tailândia. Não se discute o processo eleitoral – o voto é livre, como declaram tanto os observadores internacionais como a maioria dos membros da Comissão Eleitoral.  Nem liberdade nem legitimidade ou transparência estão em disputa.
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A retórica varia, mas, em essência, os “manifestantes” que “protestam” exigem o desmantelamento da frágil democracia tailandesa. A maioria dos “protestadores” são pagos pelas classes média-alta e alta. Alguns são delinquentes ou bandidos, muitos recebem 500 Baht por dia (cerca de US$ 15), recrutados nas atrasadas vilas e vilarejos das províncias do sul do país. São habituados a usar de violência, como mostram claramente a linguagem, as expressões faciais e a linguagem corporal deles.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

PETROBRÁS: Queda do Lucro em 2012 foi um Acidente uma será uma Tendência?

Por PAULO FRANCO


Lucro da Petrobrás em 2013 foi de 23,6 bilhões de reais, 11% superior ao de 2012.

Alguns fatores impactarão os resultados positiva ou negativamente: 

(i) Refinarias bate novo recorde de carga refinada em 2014, com  2,1% de crescimento sobre 2013

(ii) 7 plataformas iniciaram produção: 2 no final de 2013 e 5 ao longo de 2014, produção deverá crescer 7,5%

(iii) Provisionamentos para correção dos ativos superavaliados




Levantei o histórico do LUCRO LÍQUIDO ANUAL DA PETROBRÁS DESDE 1995 ate 2013.   A maioria dos indicadores da empresa, nesse período,  apontam para um excelente desempenho, mas os lucros de 2012 e 2013 contrariaram essa tendência.  O lucro de 2013 superior em 11% sobre o  de 2012 não garante ainda que a tendencia foi revertida, mas os demais indicadores, o planejamento e o mercado aponta para lucros superiores aos 30 bilhões de reais no médio prazo.

Nesses últimos 8 anos o lucro da companhia teve um desempenho excepcional, com um crescimento vertiginoso, salvos alguns soluços esporádicos. Antes do ano 2000 o lucro ficou sempre abaixo dos R$ 2 bilhões. Nos anos 2000, 2001 e 2002 a Petrobras gerou lucros líquidos em torno de R$ 9 bilhões anuais. Mas a partir de 2003 a Petrobras apresentou um crescimento fantástico, saindo de R$ 8,1 em 2002 para atingir R$ 35 bilhões em 2010, equivalente à um crescimento de 334%.
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A queda do Lucro da Petrobras foi forte em 2012 e tudo indica que vai repetir o valor em 2013, ou algo não muito diferente dos R$ 21 bilhões.

Não há nada que indique que há uma tendência de queda nos lucros para os próximos anos. Mas se isso acontecer, corre-se o risco de transformar a empresa, na PETROBRAX dos tucanos, com os lucros voltando para a casa dos R$ 9 bilhões, com uma rentabilidade (ROI) que não chegava a 9%. Uma situação drástica. Pior se chegar aos números do primeiro ano do governo SERRA/FHC, de pouco mais de R$ 1 bilhão de reais por ano. Aí vou ter que tirar o chapeu para os antipetistas de plantão, cujo discurso é "o PT quer quebrar a Petrobras".

So que tem uma pequena diferença, os tucanos queriam quebrar a Petrobras para vender por um precinho "interessante" para os amigos internacionais. No caso do PT não. Se o PT quebrar a Petrobras será por incompetência ou no mínimo, por descaso.