quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vox Populi x Ibope: Fraude ou erro grosseiro?

Por Paulo Franco


"...ou há fraudes ou há falhas técnicas grosseiras nas pesquisa de um ou mais institutos. Mas de qualquer forma é muito grave, já que estamos falando de uma eleição para presidente num dos maiores países do mundo. 

O que chama a atenção da sociedade é que em todas essas discrepâncias demonstradas os números do Vox Populi é a favor da candidata Dilma e os números do Ibope ou do Datafolha são contra Dilma.  O que  aumenta a desconfiança de fraude de um lado ou de outro..."



Os resultados das pesquisas eleitorais para Presidência da República divulgadas nesta semana mostraram resultados divergentes entre os institutos.  

Poder-se-ia considerar um ponto fora da curva, bastando desprezá-la, como faz o júri nas Olimpíadas, na tabulação das notas, desprezando-se a maior e a menor nota com o objetivo de evitar possíveis parcialidades.

Todavia não é este o caso, pois as pesquisas eleitorais são regidas por uma legislação específicas e é feita, pelo menos teoricamente, com todo o rigor metodológico e estatístico estabelecidos por critérios científicos. 

O rigor metodológico estabele que os resultados devem estar compreendido dentro de um intervalo, chamado de intervalo de confiança, dentro do qual o resultado é confiável.  
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Os institutos trabalham, com a concordância do cliente que os contratam, com uma probabilidade de 95% que na teoria da amostragem, compreende uma distancia de dois desvios padrões em torno da média, ou seja, entre a nota com 2 desvios padrões a menos que a média e o valor com 2 desvios padrões acima da média. 

De modo que o insituto garante, respaldado num elevadíssimo grau de confiança (95%) que o resultado real, estará na faixa entre os valores limites das margens de erro (distancia de 4 pontos percentuais)


NÃO HÁ COMO EXPLICAR O INEXPLICÁVEL



Os resultados da candidata Dilma apresenta uma certa "cristalização", variando um ponto para cima ou um pouco para baixo, tanto na dimensão tempo, quanto olhamos os diferentes institutos.  Portanto, essas diferenças acabam situando-se dentro das margens de erro das diversas pesquisas, quando muito no limite dessas margens. 

Mas com relação à candidata Marina, a coisa muda de figura. Enquanto o ibope apresentou 30% de intenção de votos da amostra pesquisada, o Vox Populi apresentou tão somente 22%.  Uma diferença absurda do ponto de vista estatístico, se a metodologia foi aplicada adequadamente. 

O Intervalo de Confiança apurado pelo Ibope situa-se entre 28% e 32%.  Isso significa que há 95% de probabilidade de que o resultado real, na prática, fique nesse intervalo.  

O intervalo de Confiança apurado pelo Vox Populi situa-se entre 19,8% e 24,2%, já que este instituto estima o erro amostral em 2,2%.

Constatamos ai um vácuo absurdo de de 3.8% de distância entre o valor mínimo do invervalo de confiança do Ibope (28%) e o valor máximo do intervalo de confiança do Vox Populi (24,2%).

A probabilidade de que o resultado, do ponto de vista do Ibope, fique abaixo do limite mínimo do erro amostral ou seja, 28%, é de 2,5% (cauda esquerda da curva normal).  Mas quanto mais distante desse limite, menor é a probabilidade, ou seja, a probabilidade de ocorrência de votos ficar abaixo dos 24,2% (limite máximo da Vox Populi) é perto de zero segundo a versão Ibope.


DATAFOLHA É O "PONTO FORA DA CURVA" NO SEGUNDO TURNO


No segundo turno o problema se repete, mas neste caso é com a própria Dilma.  Enquanto o Ibope mostrou 41% de intenção de votos, o Vox Populi revelou 46%. Novamente o intervalo de confiança de ambas as pesquisas não se cruzam, mostrando novamente que há problemas também no segundo turno.

Na verdade, a discrepância maior no segundo turno é entre o Vox Populi e o Datafolha, na apuração da intenção de votos de Marina.  Enquanto o Datafolha mostra 46% o Vox Populi apurou apenas 39%.  Novamente ocorrendo um vácuo entre os dois intervalos de confiança.  O único atenuante neste caso, é que há uma diferença de praticamente uma semana de diferença entre as duas pesquisas.


A BOLHA ELEITORAL MARINA SILVA ESTARIA MURCHANDO? 


O resumo da ópera é: ou há fraudes ou há falhas técnicas grosseiras nas pesquisa de um ou mais institutos. Mas de qualquer forma é muito grave, já que estamos falando de uma eleição para presidente num dos maiores países do mundo. 

O que chama a atenção da sociedade é que em todas essas discrepâncias demonstradas os números do Vox Populi é a favor da candidata Dilma e os números do Ibope ou do Datafolha são contra Dilma.  O que  aumenta a desconfiança de fraude de um lado ou de outro. 

A hipótese de erro grosseiro é mais frágil.  Primeiro porque estamos falando dos mais sofisticados institutos de pesquisas do país.  Todos donos de um know how inquestionável.  Depois, se fosse um caso de erro, diante das divergências expostas, o instituto que tenha cometido o erro, já teria corrigido o erro e se retratado perante a sociedade. 

A hipótese de uma bolha artificial criada pela oposição, a mídia e os institutos de pesquisas volta à tona e caberia uma auditoria dessas pesquisas envolvendo todas as fases, desde o planejamento, a definição de perfil de amostra,  a análise dos questionários, a checagem da conduta dos pesquisados em campo, a tubulação dos dados, o relatório final e a análise e apresentação dos resultados finais.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

ONU: Brasil é exemplo de sucesso na redução do desmatamento

Por Alessandra Correa de New York para a BBC Brasil



"O Brasil foi o país que mais reduziu o desmatamento e as emissões de gases que causam aquecimento global", destaca o relatório divulgado nesta quinta-feira na reunião da ONU sobre mudanças climáticas que ocorre em Bonn, na Alemanha. 



O documento, produzido pela organização Union of Concerned Scientists (União de Cientistas Preocupados, em tradução livre), com sede nos Estados Unidos, explora como, na primeira década deste século, o Brasil conseguiu se distanciar da liderança mundial em desmatamento e do terceiro lugar em emissões de gases e se transformou em exemplo de sucesso.

"As mudanças na Amazônia brasileira na década passada e sua contribuição para retardar o aquecimento global não têm precedentes", diz o relatório, intitulado "Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento", que analisa a trajetória de 17 países em desenvolvimento com florestas tropicais.

"A velocidade da mudança em apenas uma década – na verdade, de 2004 a 2009 – é impressionante".


QUEDA




Os autores destacam a queda de 70% nas taxas de desmatamento no Brasil na comparação entre os dados de 2013 e a média entre 1996 e 2005 e observam que aproximadamente 80% da floresta original ainda existe.
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Ressaltam ainda que, a partir de meados dos anos 2000, as emissões resultantes de desmatamento no

domingo, 21 de setembro de 2014

A Magia da Amazônia


Por Paulo Franco

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English Transcription:

The magic of the Amazon: A river that flows invisibly all around us

What do you guys think? For those who watched Sir Ken's memorable TED Talk, I am a typical example of what he describes as "the body as a form of transport for the head," a university professor. You might think it was not fair that I've been lined up to speak after these first two talks to speak about science. I can't move my body to the beat, and after a scientist who became a philosopher, I have to talk about hard science. It could be a very dry subject. Yet, I feel honored. Never in my career, and it's been a long career, have I had the opportunity to start a talk feeling so inspired, like this one...  see more..
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A MAGIA DA AMAZÔNIA: UM RIO QUE FLUI INVISIVELMENTE AO NOSSO REDOR

Antonio Donato Nobre, em uma excelente palestra para a TED Talks, discorre de maneira científica, mas ao mesmo tempo apoixanada sobre a Amazônia.

Antonio, constroe uma metodologia didatica extremamente eficiente, iniciando uma comparação do planeta ao organismo humano, chamando a atenção para funções específicas do coração, do fígado, dos rins, pulmões, etc.

Com essa receita ele vai levando os ouvintes numa viagem que vai revelando um nível altamente complexo dos sistemas vivos e revelando-se cada vez mais fascinante.

Num paralelo bastante interessante é quando ele sugere que o telescópio Humble tenha suas lentes invertidas, e passassem a olhar para a terra ao inves de olhar para o universo longíquo.  Talvez o universo existente na terra seja menos conhecido pelos humanos do que o universo exterior.
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Um sistema fisico, fisiologico tão complexo e rico,quanto o sistema vivo de milhões de seres vivos que a floresta abriga.

"Há mais olhos do que folhas na floresta.", diz um ditado indígena.




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ANTONIO JOSE DONATO NOBRE é engenheiro agrônomo com Doutorado em Earth Sciences Biogeochemistry pela University of New Hampshire, EUA.  Responsável pelo escritório regional do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).  Tem relevante atuação na divulgaçao e popularização da ciência, em temas como a Bomba biótica de umidade e sua importância para a valorização das grandes florestas, e os Rios Aereos de vapor, que transferem umidade da Amazonia para as regioes produtivas do Brasil.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Marina Silva, la Capriles brasileña

Por Miguel Ángel Ferrer

 

El próximo domingo 5 de octubre habrá elecciones presidenciales en Brasil. Se enfrentarán la actual presidenta Dilma Rousseff y Marina Silva, candidata del Partido Socialista, organización política de extrema derecha, fiel seguidora de los dictados de Washington y que de socialista sólo tiene el nombre. De modo que, sin forzar los términos, podría decirse que Marina Silva es a Brasil lo que Henrique Capriles ha sido a Venezuela.
















El próximo domingo 5 de octubre habrá elecciones presidenciales en Brasil. Se enfrentarán la actual presidenta Dilma Rousseff y Marina Silva, candidata del Partido Socialista, organización política de extrema derecha, fiel seguidora de los dictados de Washington y que de socialista sólo tiene el nombre. De modo que, sin forzar los términos, podría decirse que Marina Silva es a Brasil lo que Henrique Capriles ha sido a Venezuela.
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Pero Marina Silva no niega la cruz de su parroquia. Desde su plataforma electoral muestra abiertamente su postura derechista y pro imperialista. Quiere echar abajo los grandes avances de Brasil que han hecho del gigante sudamericano una nación verdaderamente soberana, no sólo alejada de los designios de Estados Unidos, sino francamente opuesta a ellos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

BIRD, OCDE e UNCTAD: Brasil e China são os motores do emprego no mundo

Por Osvaldo Bertolino



ECONOMIA BRASILEIRA: BIRD, OCDE e UNCTAD desmentem mortos-vivos neoliberais


O Banco Mundial (Bird) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento — acabam de dizer que o Brasil e a China são os motores do emprego no mundo. O relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) diz que apenas o fortalecimento da demanda agregada pelo crescimento real dos salários e pela distribuição de renda mais igualitária poderão romper o longo período de baixo crescimento. Ou seja: a candidata à reeleição Dilma Rousseff está muito mais sintonizada com o mundo das coisas reais do que seus opositores, que sonham com a ressurreição de práticas neoliberais que castigaram impiedosamente o país.



Nunca antes na história deste país se viu um debate eleitoral com a economia tão presente. E a inesgotável capacidade da direita brasileira, com o inestimável auxílio de alguns setores de "esquerda", de se engajar em discussões cujos resultados se enquadram na clássica categoria rodriguiana do óbvio ululante tem pautado o assunto recorrentemente. Por trás do debate aparentemente técnico, em que "especialistas" são chamados a contribuir com suas "análises objetivas", contudo, há um cenário político complicado para a oposição. A prova incontestável disso é que a mídia e seus produtos supostamente informativos — editoriais, programas de entrevistas, análises de articulistas, notícias e pesquisas de opinião — estão caprichando nos chutes a torto e a direito.
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Na verdade, não é de hoje que essa verdadeira indústria do "achismo" — na qual se chega ao ponto de falar de economia ao mesmo tempo em que se explica a noção de juros inscrita no metabolismo dos seres vivos, como ocorreu em um programa Roda Viva, da TV Cultura, com o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, guru econômico da candidata Marina Silva — dos megacartéis de "opinião pública" que deitam falação em nome da "sociedade" sem ter recebido nenhuma procuração explícita de algum conhecido seu ou meu para representá-lo vem engolindo os dados da economia brasileira de forma atravessada. E a pessoa que presencia regularmente insultos, ataques pessoais, intrigas, falsidades, invenções, erros de fato e mentiras, puras e simples, não tem como se defender.


Realidade do Nordeste


A alavanca desse procedimento é a superestimação das mazelas do país com a intenção deliberada de

domingo, 14 de setembro de 2014

BRESSER-PEREIRA: Porque vou votar em Dilma

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira para o 247 Brasil



Fundador do PSDB e ex-ministro do governo FHC, o cientista político Luiz Carlos Bresser-Pereira anuncia seu voto na presidente Dilma Rousseff e aponta as razões; "é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato", diz ele; "são dois esses critérios: quanto o candidato está comprometido com os interesses dos pobres, e quão capaz será ele e os partidos políticos que o apoiam de atender a esses interesses, promovendo o desenvolvimento econômico e a diminuição da desigualdade"; leia a íntegra



MEU VOTO EM DILMA


Vou votar pela reeleição de Dilma Rousseff porque é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato à Presidência da República.


Em 1988 fui um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira e sempre votei em seus candidatos à presidência. Mas, gradualmente, fui me afastando do partido por razões de ordem ideológica e, depois da última eleição presidencial, vendo que o partido havia dado uma forte guinada para a direita, que deixara de ser um partido de centro-esquerda, e que abandonara a perspectiva desenvolvimentista e nacional para se tornar um campeão do liberalismo econômico, desliguei-me dele. Por isso quando hoje perguntam em quem vou votar, a pergunta faz sentido.
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Vou votar pela reeleição de Dilma Rousseff, não por que seu governo tenha sido bem sucedido, mas porque é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato. São dois esses

sábado, 13 de setembro de 2014

Manifesto de Médicos Pró Dilma

Por Paulo Franco



É de arrepiar constatar quantos médicos estão engajados nessa nova realidade, nesse novo projeto de Brasil, onde o sujeito da oração, o agente do processo não é o lucro e nem as corporações, mas sim o povo brasileiro, o cidadão brasileiro.

Definitivamente: Há médicos e médicos. Como em todas as profissões, é preciso separar o joio do trigo. Parabéns a esses médicos brasileiros, que incorporam aquela imagem que sempre tivemos deles, de verdadeiros "anjos da vida".


12 de setembro de 2014.

Médicos com Dilma, por mais Futuro


1. No nosso trabalho como médicos e médicas, seja atendendo diretamente a população ou em outras funções no Sistema Único de Saúde (SUS), percebemos claramente o impacto das políticas públicas nas condições de vida do povo brasileiro nos últimos anos. Acompanhamos com empatia e senso de responsabilidade as dores e a vida sofrida do povo, os ganhos sociais e as alegrias do povo. Arregaçamos as mangas fazendo o nosso melhor. E assim como participamos das transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos anos e não deixamos de nos posicionar em defesa dos interesses nacionais, hoje novamente o fazemos.
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2. Na saúde o saldo é positivo. Somos o maior sistema de saúde público universal do mundo, com um SUS que pertence a 200 milhões de brasileiros. Com a lei do Mais Médicos promulgada pela

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Datafolha: Segmento de Alta Renda troca Marina por Aécio e Dilma

Por Paulo Franco




Marina, no período de apenas uma semana, perdeu 9 pontos percentuais no segmento de alta renda (> 10 Salários Mínimos), caindo de 41% para 32%.  É uma queda violenta, tratando-se de um período tão curto.

O maior beneficiado dessa repentina mudança de atitude do eleitorado brasileiro foi Aécio, que abocanhou nada menos que 6% no segmento de alta renda, e pulou de 25% para 31%.



 Estava repassando, como faço diariamente, em alguns sites favoritos, quando me deparei novamente com um brilhante artigo do Fernando Brito, no site Tijolaço.    Desta vez ele foi sagaz, foi lá no "fiofó da formiga" e encontrou algumas preciosidades, dignas de garimpeiros geniais da Serra da Canastra, na nascente do Velho Chico. 

 
 Achei tão importante seus achado que resolvi fazer essa postagem, para compartilhar com todos os

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eu, ex-cotista, “vagabunda”

Por Gabriela J. Moura



O sistema de cotas não é outra coisa, senão um sistema inclusivo. Também é leviano chama-lo de “esmola governamental”, porque uma das obrigações do governo é justamente zelar pelo bem estar de seus cidadãos, e os cotistas estão apenas utilizando um direito, que é o de estudar.




Eu não vou conseguir ser linear, mas espero que entendam os pormenores desta história íntima. Eu morei 10 anos em Londrina, no norte do Paraná, em um bairro de periferia chamado Jardim Leonor e estudava em uma escola estadual. Na época não era assim muito comum ter sonhos além de chegar ao final do ensino médio, então a falta de credibilidade das pessoas em mim já começava ai. As pessoas, menos a minha mãe. Quando eu tinha 16 anos eu decidi mudar de período na escola, indo do matutino ao noturno, para que assim tivesse um tempo para trabalhar e pagar o cursinho pré-vestibular. E isso já era uma audácia muito grande: desejar ingressar na Universidade Estadual de Londrina. A minha mãe não deixou que eu seguisse com estes planos, dizia que seria pesado demais conciliar trabalho e escola, e me sobraria pouco ou quase nenhum tempo livre pra diversão e coisas de adolescente. Por isso eu comecei a tentar estudar em casa mesmo, só com os materiais da escola – internet era um luxo inimaginável. Na verdade, nem computador eu tinha, e não tinha vaga ideia de quando eu teria um. A minha mãe trabalhava como costureira autônoma.
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Tudo isso para explicar que: era impossível pagar cursinho, era impossível pagar escola particular e o

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Em defesa da Petrobras

Por Pedro Celestino Pereira



 "...A criação da Petrobras foi uma das causas que levou Getúlio ao suicídio.  Ousara ele desafiar o capital internacional..."

"...O processo de cooptação e corrupção na Petrobrás teve início de forma sistemática no primeiro mandato de FHC quando, com Joel Rennó..."

"... A Consultoria norte-americana "A D Little" recomendou fatiar a Petrobras em Unidades de Negócio, para permitir a sua privatização por etapas..."

"...assegurava-se ao ABN AMRO Bank, presidido por Fabio Barbosa, em seguida nomeado para o Conselho de Administração da Empresa e ao J P Morgan, remuneração mínima para o capital que, eliminando qualquer risco... É a famosa cláusula Marlim, à baila hoje no noticiário sobre a compra da refinaria de Pasadena..."


A Petrobras é a maior expressão da capacidade criadora do povo brasileiro. Símbolo da afirmação da vontade nacional, gestada a partir de ampla mobilização popular, endossada por expressivas lideranças militares, a sua criação foi, na década de 50 do século passado, a principal responsável pela crise política que levou Getúlio Vargas ao suicídio. Ousara ele desafiar o capital internacional que então dominava completamente a nossa economia, ao propor a criação de empresas estatais que alavancassem o nosso desenvolvimento industrial.

Por décadas enfrentando, desde o ceticismo de geólogos estrangeiros que, através da grande imprensa, viviam a apregoar que no Brasil não havia petróleo, até a oposição sistemática de forças políticas que sempre se pronunciaram e se pronunciam abertamente a favor da entrega do negócio do petróleo ao capital estrangeiro sob a alegação de que, aqui, não há capacidade técnica nem capital para desenvolvê-lo, a Petrobras arrostou todos os obstáculos e firmou-se como uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.
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Claro está que, em empresas do porte da Petrobras, públicas ou privadas, sempre houve e haverá irregularidades e malfeitos. O que cabe discutir hoje é o processo que levou a Petrobras à incômoda situação em que se encontra, de modo que possamos defendê-la, no momento em que se pretende fragilizá-la para permitir o assalto estrangeiro às maiores reservas de petróleo descobertas nos últimos 30 anos, as do Pré-Sal.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dilma Rousseff, perspicaz, desmonta o circo armado pela Globo

Por Paulo Franco




O cenário, o contexto e o humor dos jornalistas e do entrevistado guardavam uma perfeita sintonia, como se fosse uma gravação ocorrida em um  diretório do PSDB, para uso de divulgação da candidatura de Aécio Neves. 




 

RETROSPECTO


A Globo não mudou nada, desde que ela existe.  Ela nasceu pre-destinada à fraude, à tramoia, à negociata, a conchavos e a outras tantas condutas anti-éticas e até ilegais.

Em 1963 construiu uma imagem pública de Jango como um líder fraco,  subserviente às forças externas de esquerda e que não tinha aprovação e nem contava com o apoio da sociedade.    Para concretizar esse projeto,  contou com o conluio do Ibope que ao identificar o contrário, escondeu os relatórios das pesquisas por 50 anos, sendo só agora revelados.
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Na década de 80, em conluio com a Proconsult, manipulou pesquisas de intenção de votos e planejou fraudar a apuração das eleições, através de rotinas de programação alteradas nos sistemas do TRE, clandestinamente.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Programa de Marina: Bom para Bancos e Ruim para Industria, afirma Citibank

Por PRISCILA JORDÃO para a Agência REUTERS




Analistas de Investimentos do Citibank dissecaram o programa de governo do PSB e concluiram que programa de Marina Silva é favorável a bancos, mas pode ser ruim para parte da indústria




SÃO PAULO (Reuters) - O programa de governo da candidata do PSB à Presidência,    Marina Silva
divulgado na semana passada, caso implantado traria benefícios a bancos privados e a concessionárias de infraestrutura, mas poderia ser negativo para algumas empresas do setor industrial, apontaram analistas do Citi em relatório nesta terça-feira.

Os analistas Stephen Graham e Fernando Siqueira afirmaram que o programa da candidata é economicamente conservador e socialmente liberal, mesclando sustentabilidade social e ambiental com políticas fiscal e monetária ordotoxas.  "As propostas macro são uma resposta direta às críticas do mercado à política vigente", disseram os analistas, acrescentando que políticas fiscal e monetária com credibilidade podem exigir medidas duras no próximo ano.

"Provavelmente envolvem movimentos iniciais dolorosos nas taxas de juros, impostos, gastos públicos e nos empréstimos dos bancos públicos que podem manter a economia crescendo em marcha lenta em 2015."   Para eles, a proposta de Marina de desconcentrar o crédito corporativo, com redução do papel dos bancos públicos, traria mais espaço para os bancos privados crescerem.
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No setor de infraestrutura, concessionárias como CCR, Ecorodovias, Arteris, Cosan e ALL são potenciais beneficiárias, uma vez que o programa prevê "recorrer mais fortemente a parcerias público-privadas (PPPs) e a licitações de concessões".

Malcom X - Uma vida de reinvenções



Editora: Companhia das Letras

Idioma: Português

Assunto: Política,

Biografia,

Jornalístico

Edição: 1ª

Acabamento: Brochura

Formato: 16.00x23.00 cm

Páginas: 648

Autor(es): Manning Marable

Tradutor(es): Berilo Vargas

Ano Publicação: 2013



Numerosas personagens compõem as metamorfoses sofridas por Malcolm Little, o franzino filho de uma família de negros pobres nascido numa pequena cidade do Centro-Oeste americano, até sua conversão decisiva em Malcolm X, o religioso muçulmano e incendiário combatente da revolução mundial que morreu como apóstolo da paz entre os povos.
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Antes de se tornar um interlocutor de guerrilheiros, intelectuais, teólogos e primeiros-ministros ao redor do planeta, o mártir pioneiro dos direitos civis nos Estados Unidos foi sucessivamente Homeboy, Jack Carlton, Detroit Red, Big Red e Satan; Malachi Shabazz, Malik Shabazz e El-Hajj Malik El-Shabazz. Esses nomes de sonoridades e sentidos tão contrastantes entre si indicam os rumos contraditórios assumidos pela vida de Malcolm até o encontro definitivo com o Islã, que o levaria ao ativismo político.

Ladrão, agenciador de prostitutas e viciado em drogas na década de 1940, quando também conheceu os horrores da prisão, ele abandonou o crime para abraçar com sua oratória brilhante, amparada em leituras autodidatas e nos ensinamentos do Corão, uma luta sem quartel contra o racismo e a injustiça social.

Entretanto, como demonstra Manning Marable, a mesma personalidade profundamente contestadora sempre esteve por trás das diversas máscaras sociais usadas por Malcolm. Numa narrativa minuciosa, o autor acompanha os passos desse gigante afro-americano ao longo de dezenas de cidades dos Estados Unidos, além das viagens à África, à Europa e ao Oriente Médio como porta-voz da revolta dos descendentes de escravos e dos direitos dos oprimidos.


“[...] Uma obra de arte, um banquete que combina habilmente biografia, jornalismo investigativo e comentário político.” - The Washington Post