quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Datafolha: Segmento de Alta Renda troca Marina por Aécio e Dilma

Por Paulo Franco




Marina, no período de apenas uma semana, perdeu 9 pontos percentuais no segmento de alta renda (> 10 Salários Mínimos), caindo de 41% para 32%.  É uma queda violenta, tratando-se de um período tão curto.

O maior beneficiado dessa repentina mudança de atitude do eleitorado brasileiro foi Aécio, que abocanhou nada menos que 6% no segmento de alta renda, e pulou de 25% para 31%.



 Estava repassando, como faço diariamente, em alguns sites favoritos, quando me deparei novamente com um brilhante artigo do Fernando Brito, no site Tijolaço.    Desta vez ele foi sagaz, foi lá no "fiofó da formiga" e encontrou algumas preciosidades, dignas de garimpeiros geniais da Serra da Canastra, na nascente do Velho Chico. 

 
 Achei tão importante seus achado que resolvi fazer essa postagem, para compartilhar com todos os
meus amigos da rede social, enriquecendo um pouco mais com ferramenta gráfica. 
  1. Seguindo a utilização do filtro por renda, e considerando simplesmente as 2 ultimas rodadas do Datafolha, ou seja, 03 e 10 de setembro, temos algumas constatações importantes: 
  2. A intenção de votos de Dilma é inversamente proporcional à Renda, ou seja, quanto menor a renda do eleitor, maior é a proporção de intenção de votos.
  3. A intenção de votos de Aécio é diretamente proporcional à Renda, ou seja, quanto maior a renda do eleitor, maior é a proporção de intenção de votos.
  4. A intenção de votos de Marina não revela uma proporcionalidade na intenção de votos, quando à renda do eleitor.  Todavia a intenção de votos dela são maiores nos segmentos de maior renda. 
  5. Houve uma queda substancial na intenção de votos de Marina no segmento de alta renda.

 
 Marina, no período de apenas uma semana, perdeu 9 pontos percentuais no segmento de alta renda (> 10 Salários Mínimos), caindo de 41% para 32%.  É uma queda violenta, tratando-se de um período tão curto.
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No segmento de renda entre 5 e 10 SMs, Marina também perdeu  bastante, 4 pontos, embora menos que no outro segmento, caindo de 42% para 38%. 

Dilma foi beneficiada com essa queda de Marina, subindo 4 pontos percentuais no segmentos de alta Renda e foi de 22% para 26%

Mas o maior beneficiado dessa repentina mudança de atitude do eleitorado brasileiro foi Aécio.  É como se tivesse "caído a ficha" e refletindo melhor, constataram que o candidato que representa seus interesses, seu ideário é Aécio Neves.

Aécio abocanhou nada menos que 6% no segmento de alta renda, e pulou de 25% para 31%.

Marina tem um longo histórico de militância de esquerda e flerta com a direita mais conservadora, o sistema financeiro.  São ideologias tão antagônicas que seria ingênuo esperar alguma  conciliação. 

Nesse cenário de agradar gregos e troianos, as incompatibilidades e as incoerência tem vindo a tona com as recorrentes idas e vindas de Marina com relação às cobranças de posicionamento.  Quando é possível, ela incorpora Maluf e sai pela tangente.

A grande lição que fica dessa ultima rodada do Datafolha é que a eleição está mais aberta do que nunca.  Nenhum dos 3 candidatos já venceu ou já perdeu.   Com a subida vertiginosa de Marina num primeiro instante e com uma queda tão forte num segundo instante, mesmo que sejam em níveis específicos de renda, três cenários possíveis não podem ser descartados: 
  1. Vitória de Dilma no 1o. turno
  2. Dilma e Marina no 2o. turno
  3. Dilma e Aécio no 2o. turno

É esperar para ver, agora estamos na reta final, quem escorregar, ficará pelo caminho. 


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