Livros



UM PAÍS SEM EXCELÊNCIAS E MORDOMIAS

Claudia Wallin


Título: Um País Sem Excelências e Mordomias
Autor: Claudia Wallin
Editora: Geração
Edição: 1
Ano: 2014
Especificações: Brochura | 344 páginas
ISBN: 978-85-8130-237-9
Peso: 500g
Dimensões: 140mm x 210mm x 1mm


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JANGO: O PROJETO DE NAÇÃO

Cássio Silva Moreira


Projeto de Nação do Governo João Goulart
O plano trienal e as reformas de base (1961-1964)
Cássio Silva Moreira

ISBN: 978-85-205-0678-3
Categoria: Economia, História do Brasil, Política Econômica
Edição: 1ª - 2014
Formato: 16 x 23 cm
Nº de Pag.: 350
Peso: 0,516 Kg

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O PRINCIPE DA PRIVATARIA

Palmério Dória


Coleção: Coleção História Agora
Título: O Príncipe da Privataria
Subtítulo: A História Secreta de Como o Brasil Perdeu seu Patrimônio e Fernando Henrique Cardoso Ganhou Sua Reeleição
Autor: Palmério Dória
Editora: Geração Editorial
Edição: 1
Ano: 2013
Especificações: Brochura | 400 páginas
Ficha TécnicaISBN: 978-85-8130-201-0

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Os Dez Anos que Abalaram o Brasil

E o Futuro?


Autor: João Sicsú

Editora: Geração Editorial

1a. edição

Ano da Publicação:  2013



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MALCON X - Manning Marable

Uma vida de reinvenções



Editora: Companhia das Letras
Idioma: Português
Assunto: Política,
Biografia,
Jornalístico
Edição: 1ª
Acabamento: Brochura
Formato: 16.00x23.00 cm
Páginas: 648
Autor(es): Manning Marable
Tradutor(es): Berilo Vargas
Ano Publicação: 2013

Numerosas personagens compõem as metamorfoses sofridas por Malcolm Little, o franzino filho de uma família de negros pobres nascido numa pequena cidade do Centro-Oeste americano, até sua conversão decisiva em Malcolm X, o religioso muçulmano e incendiário combatente da revolução mundial que morreu como apóstolo da paz entre os povos.
Antes de se tornar um interlocutor de guerrilheiros, intelectuais, teólogos e primeiros-ministros ao redor do planeta, o mártir pioneiro dos direitos civis nos Estados Unidos foi sucessivamente Homeboy, Jack Carlton, Detroit Red, Big Red e Satan; Malachi Shabazz, Malik Shabazz e El-Hajj Malik El-Shabazz. Esses nomes de sonoridades e sentidos tão contrastantes entre si indicam os rumos contraditórios assumidos pela vida de Malcolm até o encontro definitivo com o Islã, que o levaria ao ativismo político. Ladrão, agenciador de prostitutas e viciado em drogas na década de 1940, quando também conheceu os horrores da prisão, ele abandonou o crime para abraçar com sua oratória brilhante, amparada em leituras autodidatas e nos ensinamentos do Corão, uma luta sem quartel contra o racismo e a injustiça social. 
Entretanto, como demonstra Manning Marable, a mesma personalidade profundamente contestadora sempre esteve por trás das diversas máscaras sociais usadas por Malcolm. Numa narrativa minuciosa, o autor acompanha os passos desse gigante afro-americano ao longo de dezenas de cidades dos Estados Unidos, além das viagens à África, à Europa e ao Oriente Médio como porta-voz da revolta dos descendentes de escravos e dos direitos dos oprimidos.

“[...] Uma obra de arte, um banquete que combina habilmente biografia, jornalismo investigativo e comentário político.” - The Washington Post

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A Editora Nova Alexandria lança, em maio, o relato romanceado, escrito por JeosaFá, que relata a trajetória da pobreza, da luta e do cárcere político até a presidência da República, percorrido por um dos principais personagens da história contemporânea.
Desde a pobreza no sertão da África do Sul, até o reconhecimento mundial - este foi o caminho percorrido por uma das principais lideranças populares e avançadas do mundo contemporâneo: Nelson Mandela.
Sua vida, contada no livro O Jovem Mandela, de JeosaFá, que a editora Nova Alexandria lança em maio, é o relato da luta de uma existência inteira contra as condições aviltantes dos trabalhadores nas minas de diamantes mais profundas do mundo, a miséria nas favelas de Johanesburgo, a opressão das populações negras e de origem indiana, o desumano sistema de apartheid.

Desde muito cedo o jovem Nelson Rolihlahla Mandela escolheu entre o conforto de uma vida alienada e os riscos da luta contra o regime de segregação racial. Neste livro, Jeosafá Fernandez Gonçalves constrói um enredo ficcional que articula literatura e realidade para dar corpo às angústias e às ações desse importante personagem da história contemporânea. Apresenta os passos decisivos da formação do homem e do líder que derrotou o apartheid, dando ao leitor um painel dos fatos históricos, uns dramáticos e trágicos, outros gloriosos, desta epopeia plena de grandeza.
Fundador da Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano (CNA), Nelson Mandela tornou-se o principal líder do CNA. Sua vida se confunde com a luta pela democracia e pela liberdade e, embora o território principal de suas ações tenha sido sua África do Sul mergulhada em um dos sistemas políticos mais abomináveis conhecidos, o apartheid.
Da infância de pés descalços no sertão africano, no início do século XX, à prisão política da qual saiu para se tornar Presidente da República após vencer a primeira eleição livre em seu país, ao fim do mesmo século, Mandela seguiu um roteiro de aprendizagem, persistência e esperança que lhe deu forças para suportar sucessivas perdas de amigos, assassinados sob tortura ou em confrontos com o apartheid; de familiares, com os quais sempre manteve fortes laços de afeto; além de uma sentença de prisão perpétua absurdamente injusta, a partir de um julgamento de exceção, forjado nos mínimos detalhes para eliminar do caminho os opositores do regime racista.

No interior da prisão da ilha de Robben, em que cumpriu a maior parte dos 27 anos em que esteve encarcerado, Madiba, como também é conhecido entre os amigos e parentes, organizou o que ficou conhecido como Universidade Mandela, iniciativa de educação geral e formação política que reuniu, anos a fio, em debates, palestras e verdadeiras aulas, com currículo estabelecido pelos próprios participantes, até mesmo os guardas do presídio. Muitos jovens condenados à ilha de Robben, após cumprirem a pena, voltaram para a luta antiapartheid mais bem preparados do que quando nela ingressaram. O amor de Mandela pela juventude está estampado em seu sorriso – que, quando se abre, o torna um menino novamente, um legítimo representante da “juventude do mundo”, expressão muito empregada por sua geração de “lutadores da liberdade”, como, com justiça, também se autodenominavam.

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por Altamiro Borges

A mídia hegemônica vive um paradoxo. Ela nunca foi tão poderosa no mundo e no Brasil, em decorrência dos avanços tecnológicos nos ramos das comunicações e das telecomunicações, do intenso processo de concentração e monopolização do setor nas últimas décadas e da criminosa desregulamentação do mercado que a deixou livre de qualquer controle público. Atualmente, ela exerce a sua brutal ditadura midiática, manipulando informações e deturpando comportamentos. Na crise de hegemonia dos partidos burgueses, a mídia hegemônica confirma uma velha tese do revolucionário italiano Antonio Gramsci e transforma-se num verdadeiro “partido do capital”.


Por outro lado, ela nunca esteve tão vulnerável e sofreu tantos questionamentos da sociedade. No mundo todo, cresce a resistência ao poder manipulador da mídia, expresso nas mentiras ditadas pela CNN e Fox para justificar a invasão dos EUA no Iraque, na sua ação golpista na Venezuela ou na cobertura tendenciosa de inúmeros processos eleitorais. Alguns governantes, respaldados pelas urnas, decidem enfrentar, com formas e ritmos diferentes, esse poder que se coloca acima do Estado de Direito. Na América Latina rebelde, as mudanças no setor são as mais sensíveis.

No caso do Brasil, a mídia controlada por meia dúzia de famílias também esbanja poder, mas dá vários sinais de fragilidade. Na acirrada disputa sucessória de 2006, o bombardeio midiático não conseguiu induzir o povo ao retrocesso político. Pesquisas recentes apontam queda de audiência da poderosa TV Globo e da tiragem de jornalões tradicionais. O governo Lula, com todas as suas vacilações, adota medidas para se contrapor à ditadura midiática, como a criação da TV Brasil e a convocação da primeira Conferência Nacional de Comunicação.

Este quadro, com seus paradoxos, coloca em novo patamar a luta pela democratização da mídia e pelo fortalecimento de meios alternativos, contra-hegemônicos, de informação. Este desafio se tornou estratégico. Sem enfrentar a ditadura midiática não haverá avanços na democracia, nas lutas dos trabalhadores por uma vida mais digna, na batalha histórica pela superação da barbárie capitalista e nem mesmo na construção do socialismo. Aos poucos, os partidos de esquerda e os movimentos sociais percebem que esta luta estratégica exige o reforço dos veículos alternativos, a denúncia da mídia burguesa e uma plataforma pela efetiva democratização da comunicação.

O livro A ditadura da mídia tem o modesto objetivo de contribuir com este debate. Não é uma obra acadêmica, mas uma peça de denúncia política. Ela não é neutra nem imparcial, mas visa desmascarar o nefasto poder da mídia hegemônica e formular propostas para a democratização dos meios de comunicação. O livro foi prefaciado pelo professor Venício A. de Lima, um dos maiores especialista no tema no país, e apresenta também um comentário do jornalista Laurindo Lalo Leal Filho, ouvidor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele reúne cinco capítulos:

1- Poder mundial a serviço do capital e das guerras;
2- A mídia na berlinda na América Latina rebelde;
3- Concentração sui generis e os donos da mídia no Brasil;
4- De Getúlio a Lula, histórias da manipulação da imprensa;
5- Outra mídia é urgente: as brechas da democratização.

O Livro na íntegra




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Título: A NOVA CLASSE MÉDIA 
Subtítulo: O lado brilhante da base da pirâmide
Autor: Marcelo Neri
Editora: FGV-Saraiva
Edição: 1
Ano: 2011
Especificações: Brochura | 280 páginas

ISBN:  9788502147614



SUMÁRIO

1 Visão geral, 17
2 Os emergentes dos emergentes, 51
3 Medindo a nova classe média, 77
4 A ascensão é sustentável?, 119
5 Classe C é..., 167
6 Economia da sociedade, 217
7 Políticos, políticas e o caminho do meio, 239
Referências, 265
Siglas, figuras, gráficos e quadros, 273
Anexo: Atlas da nova classe média, 281


ENTREVISTA ao Conta Corrente (GLOBO NEWS)



OPINIÕES

"Marcelo Neri é um incansável, rigoroso e criativo estudioso dos temas sociais no Brasil. Este livro sobre o surgimento de uma nova classe média será referência obrigatória para qualquer pessoa interessada em entender o que vem ocorrendo nos últimos 18 anos. Rico em detalhes, escrito de maneira agradável e repleto de exemplos e dados interessantes, o texto ilumina a discussão e ajuda a pensar o futuro. Os ganhos obtidos são impressionantes, mas o trabalho pela frente ainda é enorme. Leia este livro e dê uma cópia para seu deputado e senador, ajudará muito!" - Armínio Fraga - Presidente do Banco Central do Brasil - 1999 a 2003

Marcelo Neri criou agenda de pesquisa fascinante e central. Seu trabalho captura as várias dimensões das mudanças na sociedade brasileira decorrentes tanto da boa gestão econômica e da globalização, quanto da demografia e da dinâmica social de um país entusiasmado com suas próprias possibilidades. O retrato desta sociedade feliz com suas perspectivas é composto neste livro com verve e rigor. É uma obra indispensável para o bom entendimento das sempre complexas interações entre a economia e o social. - Gustavo Franco – Presidente do Banco Central do Brasil - 1997 a 1999

O livro “A Nova Classe Média: o lado brilhante da base da pirâmide”, de Marcelo Neri, é uma leitura indispensável para entender as profundas mudanças sociais ocorridas no Brasil nos últimos anos. O livro de Neri mostra que os grupos que conquistaram os maiores aumentos de renda a partir de 2003 foram exatamente os que antes foram mais marginalizados: as mulheres, os negros, os analfabetos e os nordestinos. Além de revelar o que mudou na vida das pessoas, com a ascensão de milhões para a classe média, Neri revela, através do Índice de Felicidade Futura, que o povo brasileiro é o que mais acredita num futuro brilhante.  - Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil – 2003 a 2010

“Na última década, o progresso alcançado pelo povo brasileiro inspirou o mundo. Mais da metade desta nação é hoje considerada de classe média. Milhões saíram da pobreza... , a esperança está voltando aos lugares onde o medo prevaleceu.” - Presidente dos EUA Barack Obama

“Depois de anos de aumento da desigualdade e da miséria, floresce uma nova classe média, que compra carros e celulares”,  Jornal EL PAÍS 

“Marcelo Neri faz questão de avisar que não é tucano nem petista.. atribui o momento promissor da economia brasileira tanto a herança de Fernando Henrique Cardoso quanto à fé propalada por Lula”  - O Estado de São Paulo em 2010

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MARCELO NERI
É Ph.D. em Economia pela Universidade de Princeton, mestre e bacharel em Economia pela PUC-Rio. É economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas. Ministra aulas no doutorado, mestrado e graduação do Programa de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas. Suas principais áreas de pesquisa são bem-estar social, educação e microeconometria. Autor de vários livros. Publica com frequência em revistas especializadas nacionais e internacionais.


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Título: A Outra História do Mensalão 
Subtítulo: As Contradições de um Julgamento Político
Autor: Paulo Moreira Leite
Editora: Geração Editorial
Edição: 1
Ano: 2013
Especificações: Brochura | 352 páginas

ISBN: 978-85-8130-151-8
Dimensões: 230mm x 160mm






RESUMO

Por Renata Mielli, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Paulo Moreira Leite foi uma das poucas vozes dissonantes na cobertura do mensalão. O resultado de um trabalho jornalístico sério e que mostra os inúmeros erros do julgamento da Ação Penal 470 – um julgamento político como frisa em toda oportunidade – é o livro A outra história do mensalão, lançado na noite desta terça-feira no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, numa coletiva para blogueiros e para a mídia alternativa.

Moreira Leite não esconde o orgulho deste trabalho “o que eu estou conquistando é uma coisa chamada liberdade”. E alerta que o julgamento do mensalão, na verdade, ainda não terminou. “Depois das sentenças brutais, o próximo passo é investigar o ex-presidente Lula”.

Ao longo de duas horas de debate o jornalista respondeu questões sobre o mensalão, mas também sobre o ambiente político no Brasil, o papel da mídia na disputa política atual, se há espaço para algum tipo de golpe político como ocorreu em países vizinhos (Honduras e Paraguai), a necessidade de haver uma democratização do Poder Judiciário e dos Meios de Comunicação.

Sentenças brutais e sem base em fatos


Para o jornalista todo esse processo abre precedentes preocupantes, “pois concedeu penas severas com provas que estão longe de ser substanciais. A teoria do domínio de fato junta fatos que não conseguem ser provados”. Ele cita os inúmeros exemplos como a já comprovada ausência de recursos públicos – como aponta parecer do Tribunal de Contas da União e auditorias do Banco do Brasil.

Outro problema é a perda da independência entre os poderes. “O supremo trouxe para si a tarefa de decidir sobre o mandato dos deputados. Isso afeta a divisão de poder. Temos um órgão que não é eleito pelo voto popular decidindo sobre mandatos soberanamente eleitos pelo povo”, chama atenção.

Ele está convencido que houve muitas injustiças neste processo. Ao ser questionado sobre o mensalão tucano ele diz não haver comparação. “O que representa o Eduardo Azeredo para a história da luta política nacional? Ele não tem o mesmo papel que José Genoino e José Dirceu que combateram a ditadura, que foram presos, torturados, exilados. Eles tiveram seus direitos desrespeitados antes e depois da democracia e isso é irreparável. O mesmo tribunal que não julgou os crimes cometidos pela ditadura contra o Genoino, agora julga o deputado e o condena”.

Oposição desaprendeu a ganhar na democracia


Na opinião de Moreira Leite, o processo do mensalão é a primeira derrota política do presidente Lula desde a eleição de 2002. “É preciso entender que as pessoas que foram vencidas em 2002, depois foram vencidas em 2006, derrotados em 2010 e mais uma vez derrotados em 2012 estão muito irritados.

Os adversários estão procurando todas as maneiras para ganhar, porque eles desaprenderam a ganhar na democracia. Eles nem têm candidatos. Lançaram até o Joaquim Barbosa. A questão é que a burguesia não aceita mais fazer concessões. Não aceita mais os avanços conquistados, que são mínimos e já deveriam ter sido feitos há muito tempo”, avalia.

Sobre um certo silêncio dos aliados e do partido dos réus, que poderia ter enfrentado de forma mais aberta o embate político ele diz: “Muita gente não estava entendendo o que estava acontecendo. Demoraram muito para acordar e enfrentar o debate”.

A mídia expressa seu interesse de classe


A luta pela democratização da comunicação é fundamental para a sociedade, afirma o jornalista, mas ele não vê esse avanço num curto prazo. “Se pelo menos conseguíssemos fazer valer o que já está na Constituição, já seria um bom avanço”, aponta, mas em seguida alerta: “De toda forma, não basta mexer na lei, tem que criar um público”.

Moreira Leite disse que a mídia expressa um interesse de classe, e por isso a outra classe precisa ter outra mídia para dar vazão a suas ideias, suas notícias, e cativar um público.  Isso porque para ele o Brasil está vivendo um momento de radicalização da política, no qual as ideias não podem mais ser disfarçadas.

Transmissão ao vivo


O debate, que foi transmitido ao vivo pela TVT, teve uma audiência de mais de 2 mil internautas, que buscaram uma outra informação sobre o episódio político que marcou o ano de 2012.
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Paulo Moreira Leite

Desde janeiro de 2013, é diretor da ISTOÉ em Brasília. Dirigiu a Época e foi redator chefe da VEJA, correspondente em Paris e em Washington. É autor do livro A mulher que era o general da casa -- Histórias da resistência civil à ditadura.




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Título Original: Cypherpunks: Freedom and the Future of the Internet
Subtítulo: Liberdade e o futuro da internet
Autor(a): Julian Assange et al
Prefácio: Orelha: Pablo Ortellado
Posfácio: Introdução: Natalia Viana
Tradutor(a): Cristina Yamagami
Páginas: 168
Ano de publicação: 2013
ISBN: 978-85-7559-307-3


“Este livro não é um manifesto. 
Não há tempo para isso. 
Este livro é um alerta.”
Julian Assange



Cypherpunks: liberdade e o futuro da internet é o primeiro livro de Julian Assange, editor-chefe e visionário por trás do WikiLeaks, a ser publicado no Brasil. A edição brasileira, da Boitempo, tem a colaboração do filósofo esloveno Slavoj Žižek e da jornalista Natalia Viana, parceira do WikiLeaks no Brasil e coordenadora da agência Pública de jornalismo investigativo.

Prevista para sair na primeira semana de fevereiro, a obra é resultado de reflexões de Assange e de um grupo vanguardista de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço (Jacob Appelbaum, Andy Müller--Maguhn e Jérémie Zimmermann). A questão fundamental que o livro apresenta é: a comunicação eletrônica vai nos emancipar ou nos escravizar?

Apesar de a internet ter possibilitado verdadeiras revoluções no mundo todo, Assange prevê uma futura onda de repressão na esfera on-line, a ponto de considerar a internet uma possível ameaça à civilização humana. O assédio ao WikiLeaks e a ativistas da internet, juntamente com as tentativas de introduzir uma legislação contra o compartilhamento de arquivos, caso do Sopa (Stop Online Piracy Act) e do Acta (Anti-Counterfeiting Trade Agreement), indicam que as políticas da internet chegaram a uma encruzilhada. De um lado, encontra-se um futuro que garante, nas palavras de ordem dos cypherpunks, "privacidade para os fracos e transparência para os poderosos"; de outro, a ação da parceria público-privada sobre os indivíduos, que permite que governos e grandes empresas descubram cada vez mais sobre os usuários de internet e escondam as próprias atividades, sem precisar prestar contas de seus atos.

O livro aborda temas polêmicos, como a ideia de que o Facebook e o Google seriam, juntos, "a maior máquina de vigilância que já existiu", capaz de rastrear continuamente nossa localização, nossos contatos e nossa vida. Nesse contexto, seremos colaboradores dispostos a ceder docilmente tais informações? Será
que temos a capacidade, através da ação consciente e do conhecimento tecnológico, de resistir a essa tendência e garantir um mundo em que a internet possa ajudar a promover a liberdade? E existiriam formas legítimas de vigilância, por exemplo aquela usada contra os chamados "quatro cavaleiros do Infoapocalipse" (lavagem de dinheiro, drogas, terrorismo e pornografia infantil)?

Assange e os outros debatedores trazem à tona questões complexas relacionadas a essas escolhas cruciais ao refletir sobre vigilância em massa, censura e liberdade, assim como sobre o movimento cypherpunk, que usa a criptografia como mecanismo de defesa dos indivíduos contra a apropriação da internet pelos governos e empresas. Os cypherpunks defendem a utilização desse e de outros métodos similares como meio para provocar mudanças sociais e políticas. O movimento atingiu o auge de suas atividades durante as “criptoguerras”, sobretudo após a censura da internet em 2011, na Primavera Árabe. O termo cypherpunk, uma derivação de cipher (escrita cifrada) e punk, foi incluído no Oxford English Dictionary em 2006. 

Julian Assange tem sido uma voz proeminente no movimento cypherpunk desde sua criação, nos anos 1980. Ele foi responsável por inúmeros projetos de software alinhados com a filosofia do movimento, inclusive o código original para o WikiLeaks. Desde dezembro de 2010, o ativista tem sido mantido em prisão domiciliar no Reino Unido, sem que qualquer acusação formal tenha sido feita contra ele. Temendo ser extraditado para a Suécia, que poderia entregá-lo às autoridades norte-americanas (as quais já manifestaram seu interesse em julgá-lo por espionagem e fraude), Assange conseguiu asilo político na Embaixada do Equador em Londres, onde permanece desde junho de 2012. Nesse período, tem se dedicado a promover debates sobre a sociedade contemporânea com grandes intelectuais de todo o mundo – e foi nesse contexto que escreveuCypherpunks.

Para mais informações sobre o livro  acesse o site da editora Boitempo

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VIDEO  RESUMO






NA ÍNTEGRA EM PDF




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Se a imagem da metrópole no século XX era a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pelos realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI.

O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em moradias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expansão das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendidas pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas conseqüências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximadamente 200 mil favelas existentes no planeta.

Cada aspecto dessa “nova cidade" é analisado: informalidade, desemprego, criminalidade; o gangsterismo dos senhorios que lucram com a miséria; a incapacidade do Estado de oferecer infra-estrutura e casas populares, e em contrapartida sua atuação nas remoções de “revitalização” que abrem caminho para a especulação imobiliária; as soluções ilusórias de ONGs e organismos multilaterais; os limites das estratégias de titulação de propriedade, os riscos ambientais e sanitários de se viver em favelas, com exposição a resíduos tóxicos e carência de saneamento básico; o crescimento do fanatismo religioso; e a disseminação de doenças como cólera e AIDS.

Além das estatísticas, o autor revela as histórias trágicas que os dados frios não mostram, como as crianças abandonadas pelas famílias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas “feiticeiras”, ou a nuvem de gás letal expelida pela fábrica da Union Carbide na Índia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que não tinham informação sobre os riscos ou opção de morar em outro local.

O livro traça um retrato da nova geografia humana das metrópoles, onde algumas “ilhas de riqueza” florescem em torres de escritório ou condomínios fortificados que imitam os bairros do subúrbio norte-americano, separados da crescente população favelada por muros e exércitos privados, mas conectados entre si por auto-estradas, aeroportos, redes de comunicação e pelo consumo das marcas globais. Como coloca o autor, citando, entre outros, Alphaville, enclaves constituídos como “parques temáticos” deslocados da sua realidade social mas integrados na globalização, onde se deixa de ser cidadão do seu próprio país para ser um “patriota da riqueza, nacionalista de um afluente e dourado lugar-nenhum”, como os classifica o urbanista Jeremy Seabrook, citado no livro.

Davis explora a natureza desse novo contexto do conflito de classes, entre os que vivem dentro dos muros como em uma “cidade medieval”, e a “humanidade excedente”, que vive fora dela. Um “proletariado informal”, ainda não compreendido pelo marxismo clássico e tampouco pelo neoliberalismo.

A materialização extrema desse conflito está no último capítulo do livro, que trata das análises do Pentágono sobre a guerra do “futuro” nas megafavelas do Terceiro Mundo, e o presente do exército norte-americano tentando monitorar as vielas de Sadr City, a maior favela de Bagdá.

Se a globalização da riqueza é constantemente celebrada pelos seus entusiastas, em Planeta Favela Mike Davis mostra o outro - e imenso - lado da história: as sincronias e semelhanças nada acidentais no crescimento da pobreza no mundo.

A edição brasileira traz ainda um posfácio da urbanista Erminia Maricato que dialoga com a obra de Davis e um caderno de fotografias de favelas brasileiras de André Cypriano.

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Sobre o autor: Mike Davis é professor no departamento de História da Universidade da Califórnia (UCI), em Irvine, e um especialista nas relações entre urbanismo e meio ambiente. Ex-caminhoneiro, ex-açogueiro e ex-militante estudantil, Davis é colaborador das revistas New Left Review e The Nation, e autor de vários livros, entre eles Ecologia do Medo, Holocaustos coloniais, O monstro bate a nossa porta (editora Record), e Cidade de quartzo: escavando o futuro em Los Angeles, que será reeditado pela Boitempo em 2007.

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"O berço da Desigualdade está na desigualdade do berço." (Sebastião Salgado)


Em pleno século XXI onde as informações chegam para nós de uma forma imediata, onde para muitos as escolas são equipadas por aparelhos de última geração, é difícil acreditar que para outros, as invenções do novo século ainda não chegou. Muitos, dependendo do “berço”, ainda estudam em salas de aula improvisadas, com carteiras quebradas, materiais didáticos precários sem o mínimo de condições para uma educação digna, mas que apesar de tudo continua resistindo com professores e crianças cheios de esperanças em mudar essa realidade.

É disso que trata o livro “Berço da desigualdade”, sobre a diversidade das situações educativas pelo mundo e a esperança em mudá-la. Com fotos de um dos maiores fotojornalistas do Brasil, Sebastião Salgado e texto do ex-ministro da educação Cristovam Buarque, o livro é um convite à reflexão sobre a precária educação no Brasil e em outros países como Peru, Afeganistão e Quênia. As fotos e os textos são testemunhas da crise na educação e os meios para superá-la.

“Essas fotos refletem a esperança e a alegria das crianças de todas as culturas, em face do poder de transformação próprio da educação, e os textos que as acompanham contribuem para a necessária reflexão, que cada um de nós deve fazer a respeito da dimensão ética da educação em nosso mundo contemporâneo.” (Koïchiro Matsuura, Diretor-Geral da Unesco)Fotos e reflexões


Quênia - Escola para jovens refugiados do sul do Sudão, 1993

"Talvez escolas com dromedários sejam mais divertidas,
mas certamente menos promissoras".


Sul do Sudão - Escola em um campo de expulsos pela guerra, 1995

"No quadro está escrito o perigo;
nos olhos, para onde ir amanhã".

"Oito mil anos depois da invenção dos sapatos,
pequenos pés descalços são marcas vergonhosas do
descaso da civilização com as crianças".



Paraguai - Escola rural na região de Pedro Juan Caballero, 1978

"Ciência e pés descalços:
resumo do mundo moderno".

"Certas escolas são equipadas apenas
com a obstinação dos que desejam aprender".


Quênia - Escola na região do Lago Turcana, 1986

"Nem sapatos nos pés, nem cadeiras na escola,
a civilização só globaliza o que lhe dá lucro".


Líbano - Escola para crianças palestinas (próxima a Tiro), 1998

"As crianças que vivem exiladas
são incapazes de desfrutar a beleza das borboletas
ou serão menos capazes de sonhar com a leveza da liberdade?"


Brasil - Escola em um acampamento MST (Movimento dos Sem-Terra), 1996

"Este é um mundo de sem-terra
e de quase-escola".


Somália - Escola corânica, 2001

"Meninos e professor
sozinhos na aula e no mundo".


Quênia - Escola na região do Lago Turcana, 1986

"A alegria de cada escola está na confiança do professor
e na descoberta de mãos levantadas".


Afeganistão - Escola em um campo de refugiados, 1996

"Educar meninas é educar o mundo".
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Sebastião Salgado, mineiro, nascido em 1944 é um dos grandes nomes da fotografia mundial, com uma premiada obra marcada pelo olhar original e pela preocupação com as camadas mais desfavorecidas da sociedade. Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa e no continente americano. "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado. "Eu acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de ideias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo"
Cristovam Buarque (Recife, 20 de fevereiro de 1944) é um engenheiro mecânico, economista, educador, professor universitário e político brasileiro, membro do PDT. Foi Ministro da Educação entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Lula. Nas eleições de 2010, foi reeleito para o cargo de senador pelo Distrito Federal, com mandato até 2018.

Fonte: Blog "Que tal um café?":Que tal um Café?

2 comentários:

  1. Dicas maravilhosas, os livros aqui apresentados são excelente material para compreender o Brasil e o mundo, nos seus diversos aspectos.
    Já comprei o de Marcelo Neri, mas sugiro que divulguem Jessé Sousa "Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Ele faz uma crítica ao capitalismo financeiro e aos conceitos de classe social que o Neri usa para designar "nova classe média.

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